«Perdigão perdeu a pena
não há mal que lhe não venha...»
L.V. Camões.
Há sempre um perdigão em nossas vidas
e uma ou outra pena que se esvai
e já no rol das penas decaídas
há também uma ou outra que não cai
O perdigão que sei, é de soslaio,
que vai cuspindo gritos e mordidas
Mais me parece já um papagaio
de feira, a cantar pústulas e feridas..
E é vê-lo, já sem graça, nas arenas
A sacudir-se, e à beira do jazigo,
ainda a adejar pícaras cenas
Ah pobre perdigão, ah pobre imigo...
Pior, muito pior que a perderes penas
É ver-te sem humor e sem juízo.
julieta lima
( Em : As mulheres de Luiz Vaz )
publicado por adélia espírito santo às 22:40